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domingo, 18 de julho de 2010

18/07 22:11 dom

Hoje nao se trata de nenhuma crise..

e sim da velha e conhecida tristeza...

que vem do fundo da alma...

não tenho muito a dizer...

mas sinto muito...

terça-feira, 29 de junho de 2010

29/06

A velha sensação...
A leve perca do controle..
O corpo tão leve que é impossivel descrever..
Pensamentos inuteis..

O Curto-circuito Corpo-Emoção-Pensamento

Podemos identificar a emoção da ansiedade ocorrendo em três níveis: reações fisiológicas (alteração nos batimentos cardíacos, na respiração etc), sentimento (vivência de medo e apreensão) e pensamentos catastróficos.

Ao sentir alguma alteração em seu corpo a pessoa reage com ansiedade. A ansiedade produz um conjunto de reações fisiológicas que são naturais desta emoção como taquicardia e aceleração da respiração. Porém a pessoa com Pânico tende a interpretar estas reações como se elas fossem perigosas - sinal de doença, de catástrofe iminente, etc. Estes pensamentos catastróficos acabam por produzir mais ansiedade, o que por sua vez vai aumentar ainda mais as reações fisiológicas .... reforçando assim os pensamentos catastróficos.

Cria-se assim um circuito infindável onde as reações fisiológicas naturais da emoção de ansiedade são interpretadas equivocadamente como perigosas em si, o que produz mais ansiedade e alimenta os pensamentos catastróficos, num processo sem fim. Enquanto a pessoa não interromper este curto-circuito ela não consegue se livrar das crises de pânico.

Expectativa de Perigo

O estado de ansiedade leva a automatismos no processo de atenção e pensamento. A atenção passa a se deslocar involuntariamente, monitorando o corpo ou o ambiente em busca de algo que possa representar perigo. O enfraquecimento da capacidade de controle voluntário da atenção está relacionado à dificuldade de concentração frequentemente relatada pelas pessoas ansiosas.

Sob ansiedade a consciência é tomada por um fluxo de preocupações, pensamentos catastróficos e ruminações e a pessoa sente que tem pouco domínio de sua mente. Surgem interpretações equivocadas das reações corporais, pensamentos automáticos catastróficos, onde a pessoa passa a esperar sempre pelo pior.

A ansiedade é a emoção típica da expectativa de perigo, ela ocorre quando a pessoa se projeta numa situação futura sentida como ameaçadora: "e se... eu vou... vai acontecer... vou passar mal...".

A pessoa vive a maior parte do tempo tomada por graus variados de ansiedade e tem dificuldade de se sentir presente e inteira no momento atual, vivendo como "prisioneira do futuro". Criar presença e fortalecer a atenção são focos importantes no tratamento.

O Medo das Sensações do Corpo

A pessoa com pânico vive um profundo estranhamento em relação às suas sensações corporais, seu corpo é vivido como uma fonte constante de ameaça. A pessoa faz constantes interpretações equivocadas e catastróficas de suas sensações corporais, achando que vai ter um ataque cardíaco, que está doente, que vai desmaiar, que vai morrer, etc. H á uma perda de confiança no funcionamento do corpo e um medo das sensações que dele derivam.

É comum a pessoa viver ansiosamente o que poderia ser vivido como sentimentos diferenciados. Numa situação que poderia despertar alegria, a pessoa se sente ansiosa; numa situação que provocaria raiva ela também se sente ansiosa. Qualquer reação interna ou sentimento mais intenso pode disparar reações de ansiedade.

As crises geralmente se iniciam a partir de um susto em relação às sensações do próprio corpo. As sensações disparadoras podem ser variadas, desde uma alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de tontura, falta de ar, enjôo, palpitação, tremor, etc. A presença destes gatilhos corporais pode disparar ansiedade mesmo quando a pessoa não se dá conta de sua presença. Pesquisas apontam, por exemplo, que numa crise de pânico noturna, reações corporais associadas a perigo surgem com a pessoa ainda dormindo, e levam a disparar uma ansiedade que acorda a pessoa, muitas vezes já tendo crise. Enfraquecer esta associação reações do corpo-perigo, que dispara uma crise de pânico é um dos focos do tratamento.

A Classificação Diagnóstica

A primeira classificação diagnóstica oficial do Transtorno de Pânico ocorreu em 1980, com a publicação, pela Associação Americana de Psiquiatria, do DSM III (Diagnostic and Statistical of Mental Disorders, 3rd Edition), atualmente em sua quarta edição (DSM IV).

O Transtorno do Pânico é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) fazendo parte de sua Classificação Internacional de Doenças na classe de Transtornos Mentais (CID 10).

O Pânico faz parte dos denominados transtornos de ansiedade juntamente com as fobias (fobia simples e fobia social), o estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo-compulsivo e a ansiedade generalizada.

Enquanto nas Fobias Simples a pessoa teme uma situação ou um objeto específico fora dela, como por exemplo, fobia de altura, no Pânico a pessoa teme o que ocorre no seu próprio corpo; é para essas reações que se volta a atenção, como deflagradores das crises de Pânico.

É comum a ocorrência de comorbidade entre os transtornos ansiosos, assim como destes com a depressão. Assim uma pessoa pode apresentar sintomas de mais de um transtorno ansioso, e também pode apresentar sintomas de depressão.

Há uma classificação diagnóstica de Transtorno do Pânico com agorafobia e sem agorafobia. A agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a estar em locais ou situações onde escapar ou obter ajuda poderia ser difícil, caso a pessoa tivesse um ataque de pânico. Pode incluir várias situações como estar sozinho, estar no meio de multidão, estar preso no trânsito, dentro do metrô, num shopping, etc.

As pessoas que desenvolvem Pânico com agorafobia, geralmente se sentem mais seguras com a companhia de alguém de sua confiança e acabam elegendo alguém como companhia preferencial. Este acompanhante funciona como um "regulador externo", ajudando a pessoa a se sentir menos vulnerável a uma crise de pânico.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico?

Como se descreve , os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se perceber). Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir - em detrimento de outras partes do corpo, incluindo os orgãos sexuais. Eles podem incluir :

  • Contração / tensão muscular, rijeza
  • Palpitações (o coração dispara)
  • Tontura, atordoamento, náusea
  • Dificuldade de respirar (boca seca)
  • Calafrios ou ondas de calor, sudorese
  • Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade
  • Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a
    acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento
  • Confusão, pensamento rápido
  • Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso
  • Medo de morrer
  • Vertigens ou sensação de debilidade